segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como a pipa

Pipa ( de Luiz Falcão)

Pipa vai, pipa vem,
voa, voa me eleva também.
Pipa vai, pipa vem,
voa, voa até onde os olhos não vêem.

Fazendo piruetas no céu,
lindas tão coloridas de papel.
Voar por toda parte.
Um jogo feito arte.
No ar, sempre alegre como um passarinho.
Voar em liberdade.
Ser livre é um desafio.
Com a vida sempre presa por um fio.

Pipa vai, pipa vem,
voa, voa me eleva também.
Pipa vai, pipa vem,
voa, voa até onde os olhos não vêem.

A pipa nos apresenta de maneira muito simples e bela a vivência da liberdade. Muitas vezes, nos sentimos atados em algumas situações da vida e na busca de liberdade, assumimos, por vezes, papéis de vítima ou de submissão, ao acreditar que nessas circunstâncias ser livre é difícil. No entanto, o exemplo da pipa nos chama a atenção para a sua condição, que não deixa de ser livre, não se submete nem assume o papel de vítima, apesar de estar atada. Pelo contrário, ela brinca no ar, fazendo piruetas e exibindo sua vistosa coloração.

Karen Guedes.